André Villas-Boas :"Fiquei muito satisfeito com a reacção dos jogadores”
Adicionado | Autor | Comentários

Após a vitória expressiva sobre o Rubin Kazan, o treinador do Zenit mostrou-se satisfeito com a reacção da equipa após o golo do Rubin Kazan, falou sobre o acordo entre os clubes para a utilização de Rondón e Mogilevets e admitiu que não tem nenhum tipo de preocupação com o limite de estrangeiros na Liga Russa, pois a qualidade do plantel permite-lhe sempre ter várias soluções.

- Dominamos completamente a primeira parte e jogamos bem 30 minutos da segunda parte. Nos 15 minutos da segunda parte que perdemos o controlo do jogo o Rubin chegou ao 2-1 mas fiquei bastante satisfeito com a reacção dos jogadores a esse golo. Em ver de termos medo e recuarmos, continuamos a pressionar e voltamos a jogar como na primeira parte e os jogadores foram excelentes nessa reacção que levou ao resultado final

- Para nós é em alguma forma surpreendente que estejas a usar regularmente o Tymoshchuk. O que tens achado dos seus jogos? E como comentas as substituições na segunda parte? O que esperavas exactamente delas?
- O Tymoshchuk tem treinado muito bem desde que eu cheguei pelo que me pareceu natural dar-lhe uma oportunidade de entrar na equipa. Entrou no jogo frente ao Krylya, depois teve a titularidade contra o Amkar e como jogou bem decidimos mantê-lo neste jogo. É um jogador com muita experiência, controla o ritmo do jogo e é um jogador que tem uma carreira que fala por si só. A sua experiência conta muito em campo e o número de bolas que ele recuperou hoje é absolutamente incrível, bem como a quantidade de jogo que deu à equipa. Relativamente às substituições, houve um período da segunda parte em que começamos a recuar bastante e então queríamos intensificar a pressão e foi por isso que decidimos refrescar o meio campo com o Ryazantsev pelo Witsel e o Rondón pelo Kerzhakov. A partir do momento em que começamos a pressionar mais começamos a ter muito mais bola e a roubar mais vezes a bola e a qualidade dos jogadores permitiu voltar a criar oportunidades e a fazer os golos que levaram a este resultado final.

-O Zenit começou o jogo com o máximo de jogadores estrangeiros permitidos na Liga Russa. Tu certificas-te tu próprio do número de estrangeiros na altura das substituições ou os teus adjuntos? Se algum dos adjuntos, quem?
- Sim, a substituição foi dupla pois também sabíamos que havia a questão do limite dos estrangeiros. As regras são simples e não é preciso ser nenhum cientista para as perceber e todos no banco as sabemos.

- Disseste na sexta-feira que a equipa se estava a preparar para o jogo contando que o Rondón não iria jogar. Quando soubeste que o poderias usar? E depois deste hat-trick é ele o principal ponta de lança da equipa?
- Sim, eu fui informado depois da conferência de imprensa pelo director geral, que me garantiu que ia haver acordo com o Rubin Kazan sobre a utilização do jogador. Era do interesse de ambos os clubes que ele fosse utilizado pelo que o acordo acabou por ser fácil, de forma a que Mogilevets e Rondón fossem utilizados pelas equipas onde estão. A partir dessa altura obviamente que ficamos mais fortes pois ficamos com mais uma opção de ataque e o jogador entrou muito bem, motivado para jogar contra a sua antiga equipa. Tem treinado muito bem, tal como o Arshavin e Ryazantsev. Todos têm treinado de forma muito disciplinada e correcta, com vontade de entrar na equipa e essa vontade ficou demonstrada hoje.

- O que aconteceu com o Anyukov? Ele nem se sentou no banco hoje. Pode jogar frente ao Krasnodar?
- O jogador treinou durante toda a semana mas sempre no limite da febre, com 37.1, 37.2 de febre. Estava muito engripado mas foi convocado. Ontem à noite após a hora de jantar sentia-se bastante fraco e então decidimos nem sequer traze-lo para o jogo e envia-lo para casa. Vai estar ao cuidado do departamento médico e certamente que vai estar disponível para o jogo frente ao Krasnodar.

- Relativamente à questão do limite de estrangeiros, o Zenit jogou nas ultimas partidas com o máximo. Dois centrais e o lateral esquerdo. Posições em que não há duvida. Depois o Hulk, Danny e Witsel que são a imagem de um Zenit moderno também dificilmente serão substituídos. Assim sendo só há lugar para mais um estrangeiro. Se eu percebo bem será dividido entre Tymoshchuk e Rondón. Se o Rondón tiver mesmo de jogar em vez do Kerzhakov existe algum jogador Russo que possa jogar no meio campo?
- Eu não tenho nenhum problema com isso pois com jogadores de tão boa qualidade como nós temos podem ser adaptados a outra posição. Hoje jogamos em 4-3-3 com um médio defensivo mas já jogamos noutro sistema com um número 10 e nessa posição podem jogar jogadores com Shatov ou Arshavin. Portanto temos várias soluções porque os jogadores são bons, têm experiência de terem jogado em várias posições e portanto quando pensamos em determinado sistema vemos a melhor forma de os enquadrar dentro das leis do campeonato. Para mim não há nenhum problema com isso.

- Existem momentos em que o Zenit joga num 4-2-3-1 ao estilo do Barcelona. Devemos esperar que a equipa siga o exemplo da formação de jovens dos catalães ou será necessário comprar no Verão um Leo Messi?
- Neste jogo nós jogamos em 4-3-3 e nos dois últimos jogos sim em 4-2-3-1. Os jogadores é que fazem os sistemas bons ou mau, não é o sistema que faz os jogadores bons e como nós temos bons jogadores somos capazes de jogar em qualquer uma dessas estruturas e essa qualidade é que nos permite alternar entre sistemas.

Voltar a lista