Zenit conquista fortaleza de Perm e mantém-se na luta pelo título
Adicionado | Autor | Comentários

O Zenit bateu o Amkar Perm por 2-1, num jogo em que uma entrada forte na segunda parte acabou por assegurar uns importantíssimos 3 pontos. O Amkar ainda não tinha perdido em casa e aos 18 minutos da primeira parte chegou à vantagem após um grande golo de Maxim Kannunikov. O jovem ex-Zenit, que não festejou o golo, aproveitou um contra-ataque rápido para com um remate à entrada da área colocar a bola na gaveta. Já na segunda parte Criscito e Kerzhakov viraram o jogo ainda antes dos 55 minutos. O primeiro marcou na sequencia de uma jogada de insistência em que a bola parecia não querer entrar e o avançado Russo após um cruzamento atrasado de Hulk. Com está vitória o Zenit chega aos 47 pontos e coloca pressão nos seus rivais que jogam amanhã. 

Entrada forte esbarrou na inspiração de Kannunikov

O Zenit entrou para esta partida com apenas uma mudança no 11 titular que tinha batido o Krylya Sovetov. Fayzulin castigado (4º amarelo) deu o seu lugar a Tymoshchuk. André Villas-Boas tinha já falado que tinha ficado satisfeito com os minutos que o Ucraniano efectuou frente ao Krylya e hoje deu-lhe mesmo o lugar na equipa principal. Com Tymoshchuk em campo o Zenit acabou por jogar de forma diferente, principalmente com Witsel a ter mais hipóteses de avançar no terreno para pressionar, algo que acontece menos quando joga Fayzulin. Isto permitiu ao Zenit controlar melhor a partida e nos primeiros 15 minutos o Amkar praticamente não viu a bola, limitando-se a fechar os espaços. Ao Zenit faltava apenas o ultimo passe, com Danny por duas vezes a estar bem perto de isolar os seus companheiros de ataque, no primeiro lance Kerzhakov e depois Hulk.

Mas tal como em Moscovo na partida frente ao CSKA, a boa entrada do Zenit acabou por ser deitada abaixo por um momento de inspiração individual. Na sequência de um contra ataque rápido, Maxim Kannunikov recebeu a bola na direita e com um grande remate bateu Lodygin. Estava aberto o marcador para a equipa da casa e as dificuldades aumentavam ainda mais. Até porque tal como em Moscovo o Zenit sentiu muito o golo sofrido e até ao fim da primeira parte a equipa não mais se conseguiu encontrar ofensivamente. Os jogadores tentavam resolver individualmente os lances e tudo de bom o que estava a ser feito até aos 18 minutos foi desaparecendo. Foi portanto quase sem surpresa que a resto do tempo da primeira parte voou sem darmos por ela.

Entrada a matar e espírito de sacrifício para aguentar

Apesar da desvantagem no marcador AVB confiou nos mesmos jogadores que terminaram a primeira parte, esperando que a palestra ao intervalo surgisse efeito e que a equipa voltasse a jogar como nos primeiros minutos. E se assim era, provavelmente Villas-Boas não esperava que os resultados da conversa aparecessem tão rapidamente. O Zenit veio pressionante, com Witsel a ganhar várias bolas no centro do terreno, permitindo à nossa equipa encontrar espaços muito mais facilmente. Foi numa dessas iniciativas que o Zenit chegou ao empate. Num primeiro momento Criscito entrou pela esquerda acabando por ser desarmado num lance em que ficou a pedir penalti. Witsel cortou a tentativa do Amkar de tentar sair para o ataque e depois de uma série de remates dentro da área, a bola sobrou para o mesmo Criscito que finalmente encontrou o caminho da baliza. 48 minutos e estava feito o empate.

O Zenit manteve a pressão, continuou a recuperar bolas em zonas altas e aos 54 minutos chegou mesmo à vantagem. Jogada pela direita, com Hulk a encontrar espaço e com um cruzamento atrasado apanhou Kerzhakov na passagem. O avançado com um remate bem colocado deixou o Zenit em vantagem na partida pela 1ª vez. Até aos 70 minutos o Zenit manteve o ritmo, defendendo com grande solidez e encontrando espaços para atacar com perigo. A partir dessa altura o Amkar conseguiu ir subindo no terreno, colocando mais agressividade e tentando aproveitar as bolas paradas. Era altura da nossa equipa juntar as linhas mais atrás, com Villas Boas a não ter problemas em colocar mesmo Smolnikov e Ansaldi nos lugares de Kerzhakov e Danny já dentro dos últimos 10 minutos da partida. Apesar da pressão da equipa da casa a verdade é que o Zenit não passou por nenhum calafrio maior nesse período e a partida terminou mesmo com o 2-1 a nosso favor.

O Zenit é assim a primeira equipa a vencer em Perm, conseguindo três pontos muito importantes na luta pelo titulo e colocando pressão nas equipas de Moscovo, principalmente no líder Lokomotiv que amanhã defronta o Spartak. Para a semana a nossa equipa recebe o Rubin Kazan, que apesar de não ser o mesmo de outros anos, é sempre um adversário bastante difícil, como se pode provar pelo facto de serem a melhor defesa do campeonato. Será portanto um confronto de estilos, entre a defesa menos batida e o melhor ataque da prova. Cá estaremos para ver quem leva a melhor!


Voltar a lista