O brasileiro conversou com a Radio Marca, na Espanha, sobre o Zenit.
Malcom, como você avaliaria seu primeiro ano na Rússia e com o Zenit?
Estou muito feliz! No começo da temporada eu me machuqeui e isso me decepcionou um pouco, porque eu realmente queria jogar e fazer história com a camisa do Zenit. Mas eu me recuperei e voltei ao campo.
Qual foi sua maior dificuldade: se adaptar ao futebol russo ou morar na Rússia?
Eu não sei… eu gosto de estar em casa, de passar o tempo em casa, relaxar depois dos treinos e dos jogos. Não gosto muito de sair. E eu também estive o mais focado possível no futebol, primeiramente me recuperar da lesão, depois de voltar a jogar. Então, para mim, não mudou muita coisa, com exceção do clima, é bem mais frio!
Falando sobre o clima, você veio para São Petersburgo e saiu de Barcelona, uma cidade com clima muito bom, parecido com o do Brasil. O que você achou do primeiro inverno em S. Petersburgo? É uma cidade muito linda, mas o inverno pode ser muito frio.
São Petersburgo é linda, isso é verdade, e mais ainda durante o inverno! Tem tanta neve, quando minha família veio me visitar, eles amaram aqui. Eu me sinto muito bem nessa cidade e quero deixar minha marca na história do Zenit! Eu também quero aprender a falar russo melhor.
Quando o futebol voltou, nós te vimos em outra posição, com mais liberdade e atrás de Azmoun e Dzyuba. Você marcou dois gols contra o CSKA e terminou a temporada em alta, você esta satisfeito?
Sim, nós trabalhamos duro na nova posição para estarmos prontos para isso, porque eu nunca joguei no centro antes, sempre nas pontas. Tudo correu bem e eu pude ajudar o Zenit com gols e assistências. Agora, estou pronto para dar meu melhor em qualquer posição que jogar.
Jogar na Champions te motiva? Qual é o objetivo seu e do clube na competição?
Primeiro de tudo, conseguir passar pela fase de grupos, depois dar nosso melhor no mata-mata. Todos os jogadores querem fazer parte e levar o Zenit para um outro nível. Juntos, nós devemos fazer isso e eu acho que podemos.
Você gostaria de voltar à La Liga? Talvez até mesmo ao Barcelona?
Eu não sei, estou feliz com tudo no Zenit. Agora há muitos rumores sobre o Sevilla, mas são todos falsos. Estou focado no Zenit e vou concluir meu contrato, só estou pensando sobre isso.
Ter o brasileiro Douglas Santos e alguns argentinos no time te ajudaram a se acostumar?
Com certeza! Enquanto eu estive no Barcelona, eu aprendi espanhol então agora eu consigo me comunicar facilmente, não somente em português com o Douglas, mas também com os outros jogadores da América Latina. Russo não é fácil, é verdade, mas eu já aprendi algumas frases que me ajudam a me comunicar no campo.
A temporada de sucesso do Zenit terminou há 10 dias com a vitória na Copa e amanhã começa uma nova temporada com a Supercopa da Rússia. É difícil fisicamente? Já que não tiveram tempo para descansar?
Nós temos instrutores físicos excelentes e nós todos nos sentimos bem, cheios de energia e prontos para começar uma nova temporada. Tenho certeza que esta será escrita na história do clube, não somente pelo campeonato e pela copa, mas também pela Champions League.
Você acha que o Zenit consegue alcançar a semi-final da Champions, ou até mesmo a final, em dois ou três anos?
O time está melhorando constantemente e eu estou honrado de fazer parte desse processo. Este ano nós iremos batalhar para passer da fase de grupos e continuar nos mata-matas, mas nos próximos anos, acredito que possamos mirar ainda mais longe.