O treinador do Zenit falou sobre a possível rotação que vai ser feita pelo treinador do Áustria, comentou a razão para o Atlético ter dominado tão claramente o grupo e terminou dizendo que espera um jogo com duas equipas ofensivas.

— Hoje o treinador do Áustria disse que o jogo frente ao Zenit é menos importante para ele do que o jogo da Liga frente ao Salzburgo. Está ofendido por isso?
— O Áustria tem de pensar na sua performance na Liga interna e sei que vão jogar frente a um adversário directo. Penso que o seu treinador quer dizer que o jogo com o Zenit já não pode mudar a sua situação no torneio enquanto no jogo para o campeonato a sua situação pode mudar no caso de conquistarem pontos. E isso não significa que o jogo vá ser mais fácil para nós. Porque quando se joga sem pressão, quando se joga com liberdade, isso pode ser uma grande vantagem. O Áustria tem um largo numero de jogadores e o clube conseguiu rodar a equipa com qualidade enquanto esteve envolvido nas duas provas e podemos ver isso mais do que uma vez. E nesta situação os jogadores que ainda não tiveram uma oportunidade durante o torneio vão ter uma motivação extra para mostrarem o seu valor num palco que é visto à escala mundial. Só isso é um incentivo enorme.

— Depois de uma conversa com os nossos colegas Austríacos, nós descobrimos que quando saiu o sorteio da fase de grupos, eles não conseguiam atribuir um favorito no grupo. Eles diziam que o Áustria era o outsider mas que o Porto, Atlético e Zenit eram equivalentes. Qual a razão para no fim a distância dos Espanhóis para os outros ser tão grande?
— O Atlético tem feito um excelente trabalho nos últimos dois anos. Talvez o facto de terem ganho o primeiro jogo do grupo frente à nossa equipa lhes tenha dado a confiança necessária que lhes permitiu mostrar o seu melhor. Depois voltaram a ganhar e a tranquilidade aumentou ainda mais, permitindo-lhes controlar o grupo e dependendo só de si. Numa situação dessas uma equipa fica em vantagem. Não nos podemos esquecer que o elevado numero de empates nos jogos entre as outras equipas também lhes permitiu descolar rapidamente.

— O quão tranquilo vai jogar o Zenit amanhã? As duas equipas vão jogar um futebol ofensivo ou mais defensivo?
— Tenho a certeza que vai ser um jogo de ataque. As duas equipas vão tentar vencer, atacar e ser agressivas. O Áustria não tem nada a perder neste jogo. E para nós estarmos confiantes no apuramento também precisamos de ganhar, mesmo tendo em consideração que vai ser um jogo muito complicado.