Yury Lodygin: “Foi bom termos ganho – foi mais uma prenda para mim”
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O Guarda-Redes do Zenit falou sobre o nascimento da sua filha, a sua viagem à Grécia e sobre o difícil jogo de ontem


— Podemos dizer que a tua preparação para este jogo foi muito diferente da normal
— Sim, eu fui para a Grécia para ver a minha esposa. A minha filha nasceu há 3 dias e depois eu perdi o voo que estava a contar apanhar. Pensei que a menina ia nascer antes das 6 da tarde e eu voaria às 9 mas isso não aconteceu. No fim acabei por falar com os treinadores e decidimos que eu deveria voar directo para Yekaterinburgo. Descobrimos um voo a sair da Turquia, fui para lá de carro e voei. Acabei por dormir 7/8 horas e senti-me bem para o jogo.

— Como está a tua esposa?
— De momento está tudo bem. Já falei com ela após o jogo e está tudo bem também com a nossa filha. Não me lembro a sua altura mas sei que tem 3.35Kg

— Já escolheram o nome?
— Ainda não. Não queremos desapontar as nossas mães, portanto vamos continuar a pensar. Queremos um nome que fique bem com os nossos apelidos e deixe todos felizes.

—. Diz-se que quando nasce uma criança, especialmente a primeira, o mundo começa a ser visto de forma diferente.
— Sim, os rapazes falaram-se disso antes do jogo, mas quando entrei em campo só pensei no jogo. Talvez tenha sentido algo mas tínhamos de ganhar este jogo. É bom termos ganho. Foi mais uma prenda para mim.

— O que achaste do jogo?
— Nem sei bem o que dizer. Eles atacaram-nos mais na primeira parte, apesar de termos mais posse de bola. Depois tudo mudou na segunda parte. Eles ficaram mais atrás e deram-nos a hipótese de marcar. Foi bom termos conseguido mudar o jogo por completo.

— O Ural teve dois lances de um para um à tua frente. Pensaste em sair-lhes aos pés?
— Sim, na verdade tentei esperar o máximo de tempo possível. Parecia que eu ia chegar a tempo à bola mas em um dos lances o passe foi um pouco mais para trás e tentei bloquear o remate e o jogador acabou por não marcar. No lance do golo, o jogador simulou um primeiro remate e isso enganou-me. Pensei que ele ia rematar antes. Tenho de rever o lance. Mas no fim acabou por não ser tão importante. O mais importante é que os nossos jogares conseguiram marcar e vencemos. Para mim qualquer jogador que marque é um salvador.

— Como vais dividir agora o tempo entre futebol e família?
—. É óbvio que quero apoiar a minha esposa. Com o passar do tempo vai-se tornar mais fácil. Ela vai para casa dos familiares e vai ter também os amigos mais chegados por perto, portanto aí vou saber que tudo estará bem. Por agora elas ainda estão na clinica e isso deixa-me um pouco nervoso. Mas não penso que isso tenha afectado a minha prestação em campo.

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