Luciano Spalletti: “Tornamos a vida deles mais simples”
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No fim do jogo o treinador do Zenit afirmou que o Zenit fez um jogo equilibrado, disse que o cartão vermelho tinha sido justo e confessou que o jogo em São Petersburgo vai ser de uma importância extrema.


— O que podes dizer sobre este jogo? É complicado recuperar psicologicamente após um jogo destes?
— O jogo foi bastante difícil. Mesmo jogando toda a partida com mais um jogador, o jogo foi equilibrado. Gastamos muita energia. Penso que o mais importante neste jogo para nós foi o facto de termos feito um jogo equilibrado e criamos bastantes oportunidades. Foi pena o facto de não termos conseguido aproveitar as nossas oportunidades. Evitamos que o nosso adversário criasse muito perigo.

— Quando o Porto ficou com um jogador a menos logo no início, parecia que o Zenit tinha uma boa oportunidade de tirar vantagem disso. Mas a verdade é que a equipa da casa controlou o jogo nos primeiros 60 minutos, tendo atirado à trave por duas vezes. Parecia que ele estavam mais perto da vitória.
— O Porto esteve muito bem tacticamente com um jogador a menos. Eles jogaram em 4-3-2, com os dois avançados a jogar bastante abertos, evitando assim que os nossos laterais subissem tanto no terreno. O Porto pressionava-nos e os nossos laterais nunca conseguiram apoiar de forma consistente o ataque. Tínhamos problemas físicos nos jogadores dessas posições. O Ansaldi esteve recentemente lesionado e o Criscito ainda está em fase de recuperação da lesão. E para nós jogarmos mais ofensivos e termos o controlo da bola precisávamos de os ter em espaços mais avançados. Outra questão é que não mudamos de flanco vezes o suficiente e com isso tornamos a vida deles mais simples. Se o tivéssemos feito mais vezes teríamos criado muitos mais problemas ao Porto, mas não o fizemos.

— Pensa que a partida em São Petersburgo vai decidir o grupo?
— Sim, acho que vai ser um jogo muito importante.

— O que podes dizer sobre o cartão vermelho? Foi o duplo amarelo mais rápido da história da Champions League
—No nosso ultimo jogo frente ao Austria Viena um dos nossos jogadores foi expulso por volta dos 30 minutos da partida. Esse foi um cartão vermelho directo por uma falta normal. Não houve razão para o cartão vermelho e mesmo os jornalistas portugueses perguntaram se íamos sentir a falta do Witsel. Claro que sentimos a sua falta bem como o sentimos no jogo frente ao Austria. Quanto ao vermelho de hoje, o primeiro estava no limite entre o amarelo e o vermelho, pois o Hulk seguia perigosamente para a baliza do Porto. Sim, havia um jogador a correr paralelamente a ele e que o podia parar, penso que Mangala. Mas o cartão foi justo. Depois no livre o mesmo jogador saiu da barreira 2 ou 3 metros quando o nosso jogador ainda nem tinha começado a correr e depois acabou por levar com a bola. É difícil arranjar outras formas de ler o lance- Se o arbitro não tivesse dado o 2º amarelo ele seria criticado por esse erro. Mas fê-lo e penso que o fez bem, não existe outro tipo de comentário a fazer.

—Disse antes do jogo que iria falar com o Hulk para se esforçar ao máximo neste jogo. Na sua opinião ele deu tudo hoje? E como se sente o Yuri Lodygin? O que lhe aconteceu?
—.O Hulk fez um grande jogo hoje e foi um dos nossos melhores jogadores. Ele jogou muito bem quando passou para o lado direito, ultrapassando sempre os seus adversários no 1 para 1, acabando por fazer a assistência para o golo. O Hulk é um excelente jogador e muito importante na nossa vitória de hoje. O Lodygin está a ser avaliado agora pelos médicos e é difícil dizer algo por agora.

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