O treinador do Zenit disse na conferência de imprensa quais são os jogadores que estão lesionados, abordou os pontos fortes do Atlético e disse quais as principais ideias que transmitiu aos seus jogadores.

— O Zenit tem tido uma série de lesões desde que começou a época. Há alguma razão para isso? Como está o Lombaerts? Pronto para jogar?
— O Lombaerts recuperou da lesão e está pronto para jogar amanhã. Relativamente à questão das lesões, é normal que isso aconteça quando jogas a cada 3 dias. Lesões podem acontecer a qualquer um. Mas nas equipas fortes nem um grande número de lesões serve de desculpa. As equipas fortes têm de jogar ao seu melhor nível em qualquer situação, ultrapassando qualquer obstáculo.

— És treinador do Zenit desde 2010 e nesse período de tempo o clube gastou 200 milhões de euros em novos jogadores. O que levou o Zenit a não conseguir maior sucesso? Concordas que o Atlético tem um estilo mais à Italiana do que à Espanhola?
— Na minha opinião você está enganado quer nos números que apresentou quer na apreciação dos resultados. Posso dizer que se o Zenit não tivesse tido resultados eu não estaria à frente do clube nos últimos 4 anos. O Zenit não toma decisões baseadas em relações pessoais. Relativamente à segunda pergunta, penso que o Atlético é completamente um equipa ao estilo Espanhol. Eles controlam bem a bola, sem bombear a bola e são rápidos. Todos sabem que em termos de controlo e posse de bola as equipas espanholas são as melhores do mundo. Talvez quando fez essa pergunta estava mais a pensar no facto de jogarem com uma linha defensiva baixa, sem deixar espaço atrás dessa linha. Ou talvez porque o Simeone tenha jogado a um nível muito alto em Itália e isso tenha deixa uma marca nele enquanto treinador.

— É mais fácil adquirir jogadores Russos ou Italianos para trabalharem em conjunto? E os seus jogadores sabem o que devem fazer no relvado e a forma como devem abordar este jogo?
— Relativamente à primeira parte da pergunta, existem algumas dificuldades, pois nem toda a gente na Europa e no Mundo tem noção das capacidades e do nível do futebol Russo. Portanto alguns jogadores rejeitam jogar na Rússia. Em Itália era um pouco diferente. Era muito mais simples na AS Roma e os jogadores estavam mais abertos a jogar lá. Mas penso que isso acontece porque alguma gente ainda não percebeu o quão rápido o futebol Russo está a crescer. Sobre as minhas ideias enquanto treinador, eu tentei passar uma ideia de futebol ofensivo aos jogadores. Algumas coisas com sucesso e outras nem tanto, mas sei que a equipa já adquiriu alguns conceitos. Quando falo em estilo ofensivo, falo principalmente que a equipa deve jogar com uma defesa alta mas sem deixar espaço em demasia nas costas. A equipa deve ser equilibrada. No futebol moderno os jogadores têm de ser bons quer defensivamente quer ofensivamente

— Disse que o Atlético é uma equipa de estilo muito Espanhol. Pode comparar a Liga Russa e a Espanhola e o seu adversário com alguma das equipas Russas?
— Mais que tudo o Atlético é uma equipa onde se pode ver o caracter do seu treinador. Mentalmente são uma equipa forte. Já falei sobre que o Atlético joga bem com a bola no terreno, joga rápido e a equipa imprime muito mais velocidade do que as equipas da Liga Russa. Outra característica importante é que eles passam muito bem do momento ofensivo para o defensivo. Isso foi bem visível na Supertaça Espanhol, onde o Atlético esteve muito perto de bater o Barcelona. É difícil de os comparar com alguma equipa Russa. Em alguns aspectos podem ser comparados ao CSKA. Por exemplo no controlo de bola. E em termos de transições com o Kuban. Mas essas comparações são exageradas de qualquer das maneiras. Ainda existe uma grande diferença entre a Liga Espanhola e Russa.