Claudinho: “Ganhei o título na minha primeira temporada e gostaria de experimentar isso de novo”
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Claudinho: “Ganhei o título na minha primeira temporada e gostaria de experimentar isso de novo”

O brasileiro falou sobre a pausa de inverno, o campeonato e os objetivos para o restante da temporada.

O estágio com 35 dias de treinamento foi o mais longo da sua carreira?

Sim, com certeza. Nunca passei um treinamento tão longo, acho que isso aconteceu porque as férias de inverno foram mais longas do que o normal. Então, essa pausa foi mais difícil do que o habitual.

O que você achou do estágio de inverno?

Quanto mais duro você trabalhar, melhor vai ser. Nós, jogadores, somos exatamente como os torcedores que preferem os jogos oficiais e brigar pelo título do campeonato, com um ambiente mais competitivo nos jogos. Mas estes campos de treinamento são muito importantes, e precisamos dar tudo de nós, especialmente com uma pausa tão longa. Tivemos um grande mês, trabalhamos muito, mas agora estamos felizes em voltar a São Petersburgo para continuar nosso treinamento aqui e prontos para que a temporada comece de novo.

Onde foi mais difícil fisicamente, no Catar ou em Dubai?

Talvez no Catar tenha sido um pouco mais difícil, é sempre difícil voltar ao treinamento depois de uma pausa e voltar ao pico da condição física.

Estes campos de treinamento foram como os que você fez no Brasil?

Não, eles não têm nada em comum! São muito diferentes no geral. Em grandes clubes europeus como o Zenit, a pré-temporada é sempre mais difícil, mais intensa e com mais treinamento. Depois do intervalo aqui o treinamento começa quase imediatamente no campo, enquanto no Brasil os jogadores treinam primeiro na academia por um tempo e só depois começam a trabalhar com a bola. Existem algumas semelhanças, mas a pré-temporada no Brasil não é tão intensa.

O Zenit jogou seis partidas amistosas durante as duas semanas em Dubai, como é no Brasil?

Depende de quando começa a pré-temporada, mas eu diria que jogam menos partidas lá. Mesmo que joguem com dois times diferentes, um de manhã, o segundo no dia seguinte ou naquela noite. No Brasil há menos amistosos.

Você completou 26 anos no último dia no Catar, como comemorou?

Tivemos um intervalo de três dias entre os dois campos de treinamento, então eu voei para o Brasil e passei algum tempo com minha família e amigos. Este é sempre um momento especial para mim e estou feliz por ter tido a oportunidade de comemorar com eles, foi ótimo!

Quanto tempo você gastou viajando?

Dormi quase todo o vôo, então não posso dizer com certeza, mas foi cerca de 14 horas a ida.

Então você passou mais de um dia voando sozinho, quanto tempo conseguiu passar com sua família e amigos?

Só um dia! Mas valeu a pena, porque não nos veremos por muito tempo, já que tivemos o segundo campo de treinamento e depois voltamos à Rússia para o resto da temporada. Por isso, aproveitei cada momento e tentei passar o máximo de tempo com as pessoas que eu amo.

O que você pensa sobre a liga russa agora que está aqui há algum tempo?

Agora que me estabeleci na RPL, sinto que é uma liga muito forte e competitiva. Para conseguir uma vitória pode ser difícil, e eu tive que me acostumar com a força da liga, você tem que ter força física e ritmo, porque as coisas podem mudar rapidamente em campo. Nesta temporada, outros times rivais se tornaram melhores e é mais uma ameaça para nós e para o título, mas estamos trabalhando duro e vamos dar tudo de nós para atingir nosso objetivo.

Em sua temporada de estreia, você ganhou o título e foi escolhido melhor jogador da temporada pela torcida, mas qual foi sua principal razão para renovar o contrato no verão?

Eu realmente gosto do Zenit e me sinto em casa aqui, especialmente após meu primeiro ano em São Petersburgo. Eu sinto o amor da torcida e temos um grande time, com muitos brasileiros, o que torna as coisas mais fáceis. Minha decisão de renovar foi muito fácil. 

Você segue suas estatísticas pessoais? Esta temporada seus números são mais baixos que os do ano passado, isso o incomoda?

Não me incomoda nada, todo jogador tem altos e baixos e tudo acontece na hora certa. Na última temporada joguei em uma posição diferente, mais ofensiva, agora estou mais no meio. Meu objetivo é ajudar a equipe a vencer por todos os meios possíveis e não importa as minhas estatísticas pessoais. No ano passado, tive alguns grandes momentos, mas esta temporada Malcom está tendo uma fase brilhante e tem estatísticas excelentes, e é absolutamente merecido. Quem quer que consiga o gol ou a assistência, nosso principal objetivo é conseguir que Zenit conquiste a segunda estrela.

Você prefere gols ou assistências? E por quê?

Depende da situação (risos). Eu sou o tipo de jogador que sempre tenta criar muitas chances para a equipe, mas não preciso ser o único a colocar a bola na rede. Então, se eu ajudar o time a se sair bem, eu fico feliz. Mas eu também gosto de fazer um golaço!

A Seleção Brasileira Sub-20 ganhou recentemente o Campeonato Sul-Americano pela primeira vez em 12 anos. Qual é a importância deste torneio para seu país?

Eu nunca tive a oportunidade de jogar essa competição, mas sei que é de alto nível onde muitos jogadores são vistos e estou muito feliz pelos nossos meninos e por todos os torcedores brasileiros. Este é um momento único e importante para os jogadores mais jovens e eles se lembrarão disso para o resto da vida.

Robert Renan foi um dos vencedores e acaba de chegar ao Zenit, o que você sabe sobre ele?

Eu sei que ele é um jogador de alta qualidade, eu o vi jogar pelo Corinthians e fiquei impressionado. Ouvi muitas coisas boas sobre ele e espero que ele se acostume com as coisas aqui o mais rápido possível. Quando o Brasil ganhou o título, eu mandei mensagem e o parabenizei pela vitória.

Que objetivos você tem para o restante da temporada?

Eu tenho um, assim como o resto do time: ganhar a liga. Eu ganhei o título aqui na minha primeira temporada e gostaria de experimentar isso de novo. Queremos o mesmo que no ano passado, quero fazer gols e assistências para ajudar o time e nos aproximar do título.

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